terça-feira, 3 de janeiro de 2012

RELEASE DEFESA CIVIL ESTADUAL DIVULGA NÚMEROS SOBRE DANOS PROVOCADOS PELAS CHUVAS

03/01/2012 17:40h
RELEASE

RELEASE
DEFESA CIVIL ESTADUAL DIVULGA NÚMEROS
SOBRE DANOS PROVOCADOS PELAS CHUVAS

As chuvas que atingiram o estado desde a virada do ano têm deixado vários municípios capixabas em alerta, a Defesa Civil Estadual tem registros de danos e prejuízos, especialmente no interior do estado, com pessoas desabrigadas e desalojadas.

Em média, desde o primeiro dia do ano até o momento, nas últimas 57 horas, já houve um acumulado de chuvas com mais da metade da média histórica registrada para todo o mês de janeiro em várias regiões do estado. Em Vitória, por exemplo, já choveu nesse período 64,6% (96,8 mm) do previsto para o mês, que é geralmente 150 mm de chuva. Em Alegre, o acumulado de chuvas nesses dias também foi considerável, choveu 136,8 mm de um total de 200 mm previsto para todo o mês. Também em Santa Teresa houve o registro de 130 mm de chuvas, sendo que o previsto para todo o mês era de 225 mm.

Ao todo são 18 (dezoito) municípios do interior que foram afetados pelas chuvas: Colatina, Itarana, São Roque do Cannaã, Governador Lindemberg, Rio Bananal, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Alegre, Piúma, Linhares, Baixo Guandu, Santa Leopoldina, Laranja da Terra, Domingos Martins, Ibatiba, São José do Calçado, Itaguaçu e Marilândia. Dentre esses, o município de Ibatiba decretou situação de emergência devido a enxurrada.

Na Defesa Civil Estadual constam os seguintes dados de danos que foram repassados, até o momento, pelos coordenadores municipais de defesa civil:
Pessoas desabrigadas: 148.
Pessoas desalojadas: 764.
Pessoas afetadas: 11.850.
Pessoas feridas: 12.
Edificações danificadas ou destruídas: 489.

As áreas dos municípios estão sendo vistoriadas e monitoradas pelas defesas civis municipais e estadual, no sentido de detectar áreas de risco e dar o suporte necessário à população atingida. Em virtude dos alertas recebidos, o Plano Estadual de Contingência para Desastres continua ativo e seus integrantes e pontos focais estão de sobreaviso para qualquer eventualidade.

No site da Defesa Civil Estadual (www.defesacivil.es.gov.br) o cidadão consegue acessar todos os contatos das Defesas Civis Municipais. O telefone da Defesa Civil Estadual é o (27) 3137- 4441 ou 3137-4440. A solicitação para atendimento também pode ser feita diretamente no plantão do CIODES pelo telefone de emergência 193.

ALERTA METEOROLÓGICO:

CEMADEN - Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
ALERTA n: 08/2012 (Atualização 2)
ESTADO: ES
DATA: 03/01/2012
HORA: 11:30

PERÍODO DE VIGÊNCIA: 24h
TIPO DE EVENTO: ALAGAMENTO/INUNDAÇÃO/DESLIZAMENTO
REGIÃO/NÍVEL DE ALERTA: Vitória, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Viana, Cariacica e Serra/ALTO ALERTA.

Atualiza-se o alerta de risco MODERADO para ALTO de ALAGAMENTO, INUNDAÇÃO e DESLIZAMENTO induzido nos municípios de Vitória, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Viana, Cariacica e Serra, devido ao alto acumulado de chuva. Nas últimas 24 horas o acumulado de chuva foi 83mm de chuva em Vitória (Figura 1) e 94mm em Santa Leopoldina (Figura 2). Estes acumulados alcançam os limiares de deflagração de eventos de deslizamento em caso de chuva moderada a forte. Devido à presença do fenômeno meteorológico ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) tem possibilidade de chuva com intensidade moderada a forte nas próximas horas.

Segundo o mapeamento da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), nos municípios em alerta há áreas de risco de movimentos de massa, inundação e enchente (Figura 3). Em Marechal Floriano há 1300 moradias em risco e 3270 pessoas expostas. Em Viana, são 2205 moradias e 7640 pessoas expostas. Cariacica apresenta 6100 moradias e 23144 pessoas expostas. Já em Santa Leopoldina, existem 508 moradias e 2060 pessoas expostas.

Ressaltamos que devido à falta de cobertura de radar e do baixo número de pluviômetros na região, o alerta está sendo emitido para vários municípios prioritários do estado do Espírito Santo, localizados próximos de Vitória. Desse modo, há dificuldade em apontar as áreas de risco de especial atenção, devendo permanecer em alerta todas as áreas mapeadas dos territórios municipais.

Monitoramento das condições hidro-meteorológicas

Boletim Extraordinário n° 87 do Sistema de Alerta de Cheias da Bacia do Rio Doce - 03 de janeiro de 2012 às 13:00 horas.
OBS: A atualização das informações pode ser obtida através do site do sistema de alerta: http://www.cprm.gov.br/alerta/site/index.html).

Locais monitorados pelo sistema de alerta do rio Doce onde os níveis observados
estão acima da cota de alerta ou inundação:
O nível do rio Piracicaba na estação de Nova Era, pertencente à ANA, encontra-se na cota 505 cm às 13:00 horas, acima da cota de inundação de 470 cm.
O nível do rio Piracicaba na estação de Mario de Carvalho, pertencente à ANA, encontra-se na cota 530 cm às 13:00 horas, acima da cota de inundação de 520 cm.
O nível do rio Piranga na estação de Ponte Nova, pertencente à ANA, encontra-se na cota 482 cm às 13:00 horas, acima da cota de inundação de 330 cm.
O nível do rio Doce na estação de Governador Valadares, pertencente à ANA, encontra-se na cota 402 cm (aproximadamente 244 cm na régua do SAAE) às 13:00 horas, acima da cota de inundação de 360 cm
O nível do rio Doce na estação de Colatina pertencente a ANA, encontra-se na cota 553 cm às 13:00 horas, acima da cota de inundação de 520 cm.
O nível do rio Doce na estação de Linhares, pertencente à ANA, encontra-se na cota 400 cm às 12:00 horas, acima da cota de inundação de 380 cm.

As previsões hidrológicas para as localidades monitoradas pelo sistema de alerta do rio
Doce onde se observam níveis superiores à cota de alerta ou inundação são as
seguintes:
Nova Era – Rio Piracicaba - Nível com tendência a permanecer estável nas próximas horas.
Mario de Carvalho – Rio Piracicaba - Nível com tendência a subir podendo oscilar em torno da cota 580 cm às 20 horas do dia 03/01/12.
Ponte Nova – Rio Piranga - Nível com tendência a subir podendo oscilar em torno da cota 580 cm às 20 horas do dia 03/01/12.
Governador Valadares – Rio Doce – Nível com tendência a subir podendo oscilar em torno 423 cm (aproximadamente 265 cm na régua do SAAE) às 20 horas do dia 03/01/12.
Colatina – Rio Doce – Nível com tendência a subir podendo oscilar em torno da cota 590 cm às 18:00 horas do dia 03/01/12.
Linhares – Rio Doce. Nível com tendência a subir podendo oscilar em torno da cota 430 cm às 20:00 horas do dia 03/01/12.

Orientações ao Público
Como agir em caso de enchentes ou desabamentos
Algumas orientações que podem ajudar a minimizar os riscos destas situações:
Se permanecer em casa:
Tire todos os aparelhos elétricos ou eletrônicos da tomada e desligue a chave geral de energia.
Não use equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito.
Levante os móveis, roupas, alimentos e produtos químicos ou de limpeza ao nível mais alto que puder ou, de preferência, transporte-os para um local seguro.
Retirem da casa os eletrodomésticos mais úteis como geladeira e fogão. Se puder, fique fora do alcance da água, pois o risco de transmissão de doenças é muito grande.
Não deixe crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se, contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose.
Em caso de febre, vômitos, diarréia, dores de cabeça ou no corpo, se tiver qualquer outro sintoma de doenças ou alguma dúvida sobre os procedimentos seguros para sua saúde, procure imediatamente o Centro de Saúde mais próximo.
Se precisar deixar a sua casa:
Se o nível de água estiver subindo, vá com sua família para um lugar seguro. Informe-se imediatamente sobre a localização do Abrigo da Defesa Civil de sua cidade e dirija-se a ele levando um kit de básico de pertences (documentos, peças de roupa, material de higiene, roupa de cama, etc).
Não consuma alimentos que tenham sido atingidos pela água da enchente.
Ao retornar para a sua residência (somente depois da liberação dos Bombeiros ou da Defesa Civil), procure fazer uma avaliação dos danos causados ao imóvel e tente repará-los com rapidez. Assim, você pode prevenir novas situações de risco.
Cuidado ao remover móveis ou fazer a limpeza: animais peçonhentos ou cobras podem ter invadido a sua casa com a água da chuva. É fundamental fazer uma boa limpeza nas fossas e na caixa d’água. Não se esqueça de secar interruptores, lâmpadas, disjuntores e tomadas antes de religar a energia elétrica.
Se estiver no trânsito:
Se estiver de ônibus, tente sair do veículo e aguardar ajuda em um local seguro. Oriente os demais passageiros a fazer o mesmo.
Se estiver a pé, evite caminhar por vias alagadas: além da contaminação que a água da chuva pode trazer, existe o risco de cair em buracos ou bueiros e de ser levado pela força dos ventos ou das enxurradas.
Se estiver de carro, evite passar por ruas alagadas. Evite também caminhos que estejam próximos a córregos e rios.
Se o veículo parar em meio a um alagamento, saia do carro, procure um local seguro e espere por ajuda.
Não tente entrar em uma enxurrada para salvar alguém que foi levado pela água. Busque objetos como cordas ou galhos para içar a vítima.
Evite ficar a céu aberto ou em locais muito altos e cuidado ao portar objetos metálicos para evitar o risco de atrair raios.
Em caso de desabamentos ou deslizamentos de terra:
Nesses casos, o mais importante é proteger a sua vida e de seus familiares.

Como prevenção de riscos, observe sempre as condições de seu imóvel: fique atento a trincas e rachaduras nas paredes e a portas e janelas que apresentem dificuldade para fechar ou abrir; observe também se a quantidade de lama que corre com a água da chuva é muito grande.
Observe a movimentações de terra, trincas no chão, inclinação de cercas, postes e árvores podem indicar o início de um deslizamento.

Se houver muita infiltração na casa e acontecer rachaduras nas paredes ou escutar algum barulho estranho, abandone sua residência imediatamente e procure um local seguro e acione a Defesa Civil de sua cidade.

Não insista em ficar em sua residência e só retorne a ela caso a situação de risco tenha sido totalmente eliminada. Encaminhe-se imediatamente para um lugar seguro.
Como agir em casos de vendavais
Os vendavais são provocados pelo deslocamento violento de uma massa de ar. Normalmente são acompanhados de precipitações hídricas intensas e concentradas, que caracterizam as tempestades. O superaquecimento local gera correntes de deslocamentos horizontal e vertical de grande violência e de elevado poder destruidor. As tempestades são normalmente acompanhadas de grande quantidade de raios e trovões.



Danos causados por vendavais ou tempestades:

Derrubam árvores e causam danos às plantações;
Derrubam a fiação e provocam interrupções no fornecimento de energia elétrica e nas comunicações telefônicas;
Provocam enxurradas e alagamentos;
Produzem danos em habitações mal construídas e/ou mal situadas;
Provocam destelhamento em edificações;
Causam traumatismos provocados pelo impacto de objetos transportados pelo vento, por afogamento e por deslizamentos ou desmoronamentos.


O que eu posso fazer antes da ocorrência do vendaval?

Nesses casos, o mais importante é proteger a sua vida e de seus familiares. Encaminhe-se imediatamente para um lugar seguro. Evite sair de sua residência.

Se estiver em sua casa:
- desligue a entrada da corrente elétrica e o gás, para evitar curtos-circuitos e incêndios;
- feche bem todas as aberturas da casa;
- proteja-se em cômodos com poucas janelas ou nenhuma e que possuam cobertura de laje de concreto, preferencialmente banheiros e corredores;
- abaixe para o piso todos os objetos que possam cair.
- para se proteger do impacto de objetos, fique embaixo de mesas e de outros móveis sólidos, caso as habitações não sejam sólidas e confiáveis;
- mantenha a comunicação através de rádios de pilha;
- só saia quando o vento acalmar ou receber o comunicado de órgãos de defesa (via rádio ou pessoalmente) de que o perigo já passou;

Se estiver em lugares abertos:
- mantenha-se junto ao solo, de preferência deitado em alguma depressão do terreno para não ser lançado pela força dos ventos ou atingido por projéteis;

Se estiver dirigindo:
- não dirija, pois você poderá ser atingido por árvores, placas, projéteis e postes;
- caso esteja dentro de um carro, pare em local aberto, longe de rios, pois as fortes chuvas costumam ocorrer associadas aos vendavais.
- estacione o veículo fora da estrada, em áreas protegidas de riscos de inundações, queda de árvores, deslizamentos e desmoronamentos, com as luzes de alerta acionadas.

Evite o uso de embarcações e a prática de atividades náuticas.

E depois da ocorrência do vendaval, o que posso fazer?

- ajude na limpeza e recuperação da área onde se encontra, começando pela desobstrução das ruas e outras vias;
- ajude seus vizinhos que foram atingidos;
- evite o contato com cabos ou redes elétricas caídas. Avise a ESCELSA sobre estes perigos;
- procure não utilizar serviços hospitalares, de comunicações, a não ser que necessite realmente. Deixe estes serviços para os casos de emergência.

Como ajudar os desabrigados e vítimas das enchentes:
Se você está próximo a áreas atingidas, mas não teve sua casa afetada, fique atento às informações veiculadas pelos meios de comunicação e, se possível, procure exercitar o seu espírito solidário: ofereça apoio e ajuda às vítimas.
Procure informar-se se há locais próximos à sua residência recolhendo doações ou vá diretamente à Defesa Civil de sua cidade.
O que doar: alimentos não perecíveis, preferencialmente os que não necessitam ir ao fogo para serem consumidos, além de produtos de higiene pessoal, roupas para crianças e adultos, roupas de cama, colchões e travesseiros.
Há casos de maior gravidade em que a Defesa Civil local abre uma conta corrente para receber doações em dinheiro.
Você também pode contribuir com gestos simples, como cozinhar para os desabrigados, oferecer ajuda para retirar móveis das casas alagadas ou transportar doações. A Defesa Civil pode orientar para que você possa ajudar de maneira efetiva e sem correr riscos.


CEDEC – Coordenação Estadual de Defesa Civil do ES.